A gagueira, que é um problema que atinge cerca de 70 milhões de pessoas no mundo, foi levada às telas do cinema com o filme “O Discurso do Rei”. O drama conta a história de George VI, rei da Inglaterra, no período de 1936 a 1952 e mostra, além do avanço do nazismo e decadência do Império Britânico, a luta contra a gagueira.
Especialistas da saúde acreditam que tal distúrbio pode ocorrer devido a traumas de infância, porém, hoje é possível afirmar que a causa está nos genes que interferem na formação e no funcionamento de áreas cerebrais que gerenciam a emissão da fala.
“Pela primeira vez a gagueira é destacada em um filme e vira crítica entre profissionais da saúde e cineastas. Mesmo não sendo o assunto principal da trama, é importante mostrar como os trabalhos com oratória iam além naquele tempo”, enfatiza a fonoaudióloga e tutora do Portal educação, Carolina Cysne.
Os medicamentos ainda não estão no mercado, mas a boa notícia é que novas tecnologias estão sendo incorporadas aos tratamentos da gagueira. Além disso, já é possível o paciente fazer o uso de ferramentas como o aparelho “Speech Easy” que faz ouvi-lo a própria voz com um pequeno atraso, chamado de efeito coro. Outra opção são os aplicativos, do iPad e do iPhone, que mapeiam as situações relacionadas à gagueira para que o paciente identifique em que momento precisa usar as técnicas aprendidas em consultório.